O poder diastático de um malte é a medida da capacidade do malte de converter o amido em açúcares fermentáveis durante o processo de produção de cerveja. Ele é determinado pela quantidade de enzimas diastáticas presentes no malte, principalmente as enzimas alfa-amilase e beta-amilase.
As enzimas diastáticas são responsáveis por quebrar o amido presente no malte em açúcares fermentáveis, que são necessários para a produção de cerveja. A enzima beta-amilase é responsável pela quebra do amido em açúcares fermentáveis como a maltose, enquanto a enzima alfa-amilase quebra o amido em açúcares menores, como a dextrina.
O poder diastático é medido em graus Lintner, que é a unidade de medida da atividade enzimática diastática do malte. Um malte com alto poder diastático tem uma maior quantidade de enzimas diastáticas e, portanto, é capaz de converter mais amido em açúcares fermentáveis. Isso é particularmente importante para cervejas de alta gravidade, como cervejas fortes, que requerem mais açúcares fermentáveis para alcançar a gravidade desejada.
Por outro lado, um malte com baixo poder diastático pode não ter enzimas diastáticas suficientes para converter todo o amido em açúcares fermentáveis, o que pode levar a uma cerveja com menos álcool e corpo. Para cervejas que requerem mais corpo e menos álcool, como algumas cervejas de trigo, um malte com um poder diastático mais baixo pode ser mais adequado.
O poder diastático é uma consideração importante na seleção de maltes para a produção de cerveja, pois afeta diretamente a quantidade e o tipo de açúcares fermentáveis disponíveis para a fermentação.